terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vampiros: Anne Rice ou Stephenie Meyer?

Inicialmente, espero deixar claro que eu falarei aqui com a propriedade de uma leitora/telespectadora dos livros/filmes das duas autoras, além de ser graduanda em Letras, o que me dá "autoridade" suficiente para falar sobre os livros que eu quiser.
Agora que já esclareci que não sou uma simples doidinha que resolve falar mal de alguém ou exaltar o outro "sem ver nem pra que", creio que é preciso lembrar duas coisas: as obras foram escritas em épocas diferentes e para públicos diferentes.
Claro que as duas queriam ser escritoras, mas creio que Stephenie Meyer é muito mais vendedora de best-sellers para adolescentes do que uma escritora propriamente dita. Já Anne Rice, inovou em sua época ao trazer um tema que era pouquíssimo explorado e que "cá entre nós" ela soube explorar e recriar muito bem.
Levando em consideração que as duas obras são de ficção, acredito que ambas conseguiram atingir seus objetivos, cada uma com o seu estilo e com a sua forma de RECRIAR a realidade. É preciso deixar claro que como são obras de ficção as autoras têm completa liberdade de fazer o que quiserem com os personagens, ou seja, vampiros podem brilhar no sol e parecerem fadas ou podem não querer ser cruéis. Claro que isso, ao chegar no leitor/telespectador, vai causar uma sensação, uma crítica. Essa sensação (horizonte de expectativas) pode ser positiva ou não, da mesma forma que as nossas expectativas podem NÃO ser alcançadas, podem ser alcançadas ou superadas (claro que é sempre bom quando as expectativas são superadas).
Já os vampiros em si, são seres mitológicos, seres do folclore e do imaginário humano. Há muitas lendas sobre vampiros. Se alguns autores desconstroem a figura mítica para alcançar os fins de sua obra não significa que é um autor ruim, significa que ele tem outros objetivos que não são usar a figura original. Quanto à qualidade da narrativa prefiro não julgar, embora tenha lá minhas preferências. E que observando os livros/filmes vocês vão poder tirar suas próprias conclusões também:

http://www.youtube.com/watch?v=0DUTXFtEf_w

http://www.youtube.com/watch?v=vM7thd27V0o

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Nosotros

Ela vem andando na rua cabisbaixa, pensativa, longe, tão longe. Ele vem caminhando rápido, um caminhar preocupado e galopante. Os dois se reencontram numa esquina.

- Oi! Como você está? – Ela pergunta.

- Oi moça. Há quanto tempo. Estou mais ou menos e você?

- Estou ótima. Mas o que aconteceu que está assim?

- São as provas. Não tenho mais tempo para nada e por mais que eu estude nunca acho que estou pronto.

- Relaxa. Vai dá tudo certo. É assim mesmo, prova por cima de prova. Eu estou na mesma situação.

- E qual o seu segredo para não enlouquecer?

- Eu tento organizar o tempo numa agenda. Sempre dá certo.

- E você continua na mesma?

- É, eu acho que sim. Continuo fazendo aulas de dança e estudando muito.

- Que bom.

- Ah, se nada der certo eu viro hippie, não tem coisa melhor do que olhar a lua refletida no mar do portão de casa. Aquela lua branquinha ou amarelinha iluminando tudo a nossa volta. (Ela pensa: eu queria poder ver essa lua junto dos seus braços).

- Realmente, acho que se for assim eu vou acabar virando hippie também.

- Bom, eu acho que está na hora de ir. (Ela pensa: ai meu Deus, será que eu não consigo ficar perto dele sem falar besteira? Eu não sei mais o que falar. E agora? Droga, eu queria era poder te dizer tudo que eu sinto, mas sei que é ridículo eu pensar em nós dois juntos).

- Eu também vou indo. Até mais.

- Tenha uma boa noite e boas provas. Beijos.

- Sabe de uma coisa?

- O que? (Ai! Será que ele falará finalmente o que eu quero ouvir? Será que ele dirá que gosta de mim?).

- Diz para a galera que eu mandei um abraço.

- Ah! Pode deixar que eu não esqueço. Beijos, até mais.

- Beijos, até mais.

Ela continua o seu andar agora mais fraco que antes como se não quisesse sair dali, como quem caminha sem querer chegar ou sem saber para onde ir. Ele continuou no seu caminhar compassado agora com um pequeno sorriso no rosto, que apenas com muita atenção podia-se notar. Ela ia quase que pedindo para voltar, mas caminhava sem olhar para trás. Apesar de tudo, entendia que ela era apenas ela e que não era o suficiente para ele. Ele achava que era o melhor que poderia dar a ela. E assim continuaram os dois. Para o resto da vida.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Simplesmente humanos



Nós, os humanos, temos essa horrível e
maravilhosa capacidade de sofrer pelo
que não existe.
Somos neuróticos.”
( Rubem Alves)

Dormir, sonhar, fugir, viver...



"Às vezes é preciso dormir, dormir muito.
Não pra fugir, mas pra descansar a alma
dos sentimentos."
(Marla de Queiroz )