segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Doença de parvo


Texto saindo do forno para vocês...

O que sinto entre vertigens e dores no peito? Será doença? Provavelmente... Possivelmente é aquela doença a qual os poetas se atrevem a chamar amor. Àquela mesma, que me deixou plantada a uma árvore na praça só para vê-lo passar por ali e estender um braço em minha direção para dirigi-me os cumprimentos.

Ai amor! Que desejo crescente é esse ao pé da árvore de gritar o teu nome e correr para os teus braços. Certamente é uma doença que me aflige, que me tira o sono para me levar a um mundo em que tu és meu, somente meu. Um mundo onde não existe mal, nem dor, porque o nosso amor é redenção, é porta por onde o primeiro raio de sol passa todas as manhãs.

Mas um dia eu roubo você para mim. Então não vai ter escolha, será meu e só meu amor. Não me julgue mal, pois também prometo ser só sua e deixar-me levar para os seus braços, envolver-me em seus beijos e espalhar-me em seus desejos. Decerto é doença o que sinto, pois como posso pensar nisso? E como posso não pensar isso? Ah, é doença... É doença esse amor louco e vadio, que às vezes se faz distante e sandeu, outras tantas se faz sagrado e pastoril. Pode até ser doença tudo isso, mas é o amor meu. E de doença quero viver até que a última gota de amor me adoeça e acabe por completo.

Nízia Rodrigues

Nenhum comentário: